A Justiça do Distrito Federal decidiu, na última segunda-feira (28), manter a prisão preventiva do homem acusado de divulgar fotos da necropsia de Marília Mendonça.
Isso porque o rapaz em questão está detido há 134 dias – o prazo considerado limite na primeira fase do procedimento do Júri é de 178 dias.
Ao “Uol”, Robson Cunha, advogado da família de Marília Mendonça, mostrou confiança no procedimento judicial.
“Da nossa parte, acreditamos na Justiça”, disse.
E destacou: “E que sirva de exemplo para a sociedade”.
Já a Defensoria Pública do DF, que responde pelo acusado, ainda não se pronunciou acerca da decisão.
Além das fotos da necropsia de Marília Mendonça, o homem detido também é apontado como o responsável pela divulgação das imagens de Gabriel Diniz e Cristiano Araújo depois de mortos.
O crime
Os registros do corpo de Marília, que eram exclusivos do inquérito policial, começaram a ser compartilhados em grupos de WhatsApp em abril deste ano.
A Polícia Civil do Distrito Federal, então, abriu uma investigação e chegou ao nome do suspeito, um morador de Santa Maria, também no DF.
Ao ser interrogado, o homem confessou a divulgação do conteúdo nas redes sociais.
Com isso, o MPDFT – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – abriu uma denúncia contra o responsável
Além do crime de vilipêndio a cadáver – o ato de tratar sem o devido respeito a pessoa morta ou suas cinzas -, o réu também será julgado por crimes contra a incolumidade pública, contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos, atentado contra a segurança de utilidade pública, entre outros.
Marília Mendonça, vale lembrar, faleceu em virtude da queda do avião em que estava, em 5 de novembro de 2021.
Gabriel Diniz, por sua vez, também perdeu a vida quando a aeronave em que estava caiu, em 27 de maio de 2019.
Já Cristiano Araújo faleceu em um acidente de carro, em 24 de junho de 2015.